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Ministro da Saúde recebeu pedido de prioridade de vacinação para bancários | 14/06/2021
Coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários entregaram ofícios e pareceres médicos e técnicos que mostram porque categoria deve ser incluída entre as prioridades no Plano Nacional de Imunização para a Covid-19

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu, nesta sexta-feira (11), o ofício da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com a solicitação de inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e as informações e dados complementares que mostram tal necessidade pelas mãos das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira e Ivone Silva, presidentas da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região, respectivamente.

“Apresentamos os argumentos e trouxemos, inclusive, um parecer médico acerca das características do trabalho bancário na agência, que é um ambiente de trabalho fechado, sem ventilação natural, por não haver possibilidade de as portas permanecerem abertas por conta da segurança. Apresentamos também os dados que mostram o aumento de 176% dos desligamentos por morte na categoria. Além disso, explicamos a situação do contágio dos funcionários e clientes, que as agências se transformaram em um vetor risco para as milhões de pessoas que precisam ser atendidas por este serviço essencial para a população e que, por isso, em nenhum momento pôde permanecer fechado durante a pandemia”, explicou a presidenta da Contraf-CUT.

O ministro recebeu o pedido e vai encaminhá-lo para equipe técnica que estuda o PNI. “Ele disse que a decisão não é individual dele, mas desta equipe”, informou a presidenta da Contraf-CUT.

“A atividade bancária é considerada essencial nos termos do Decreto n° 10.282 de 20 de março de 2020, alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020”, lembra um trecho do ofício. “Preservar vidas é uma luta de todos dentro de suas esferas de competência e reduzir a transmissão do novo coronavírus com medidas preventivas é essencial”, diz outro trecho.

“Foi uma reunião muito boa com o ministro. Pudemos mostrar pra ele que a categoria bancária se notabiliza pela grande exposição aos riscos de contágio nas agências e que já foram registrados inúmeros casos de adoecimento, de afastamento do trabalho, internações hospitalares e de óbitos na categoria e, além disso, os bancários podem, sem saber, transmitir o vírus para os clientes que necessitam do serviço e para seus familiares”, avaliou Ivone. “Por isso, muitos estados e municípios já incluíram os bancários como categoria prioritária para a vacinação”, observou.

O documento ressalta que a “concentração de clientes e usuários nos ambientes internos e externos das agências bancárias tem crescido, com ênfase pela busca dos serviços por parte de pensionistas e aposentados da previdência social, que têm necessidade de apoio com atendimento presencial, daqueles que buscam os bancos para renegociações de dívidas ou para inscrição em programas de apoio às empresas e, majoritariamente aos mais de 67 milhões de beneficiados pelo recebimento das parcelas do Auxílio Emergencial.”

Aumento de mortes

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus.

No primeiro trimestre de 2020 o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu, nesta sexta-feira (11), o ofício da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com a solicitação de inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e as informações e dados complementares que mostram tal necessidade pelas mãos das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira e Ivone Silva, presidentas da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região, respectivamente.

“Apresentamos os argumentos e trouxemos, inclusive, um parecer médico acerca das características do trabalho bancário na agência, que é um ambiente de trabalho fechado, sem ventilação natural, por não haver possibilidade de as portas permanecerem abertas por conta da segurança. Apresentamos também os dados que mostram o aumento de 176% dos desligamentos por morte na categoria. Além disso, explicamos a situação do contágio dos funcionários e clientes, que as agências se transformaram em um vetor risco para as milhões de pessoas que precisam ser atendidas por este serviço essencial para a população e que, por isso, em nenhum momento pôde permanecer fechado durante a pandemia”, explicou a presidenta da Contraf-CUT.

O ministro recebeu o pedido e vai encaminhá-lo para equipe técnica que estuda o PNI. “Ele disse que a decisão não é individual dele, mas desta equipe”, informou a presidenta da Contraf-CUT.

“A atividade bancária é considerada essencial nos termos do Decreto n° 10.282 de 20 de março de 2020, alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020”, lembra um trecho do ofício. “Preservar vidas é uma luta de todos dentro de suas esferas de competência e reduzir a transmissão do novo coronavírus com medidas preventivas é essencial”, diz outro trecho.

“Foi uma reunião muito boa com o ministro. Pudemos mostrar pra ele que a categoria bancária se notabiliza pela grande exposição aos riscos de contágio nas agências e que já foram registrados inúmeros casos de adoecimento, de afastamento do trabalho, internações hospitalares e de óbitos na categoria e, além disso, os bancários podem, sem saber, transmitir o vírus para os clientes que necessitam do serviço e para seus familiares”, avaliou Ivone. “Por isso, muitos estados e municípios já incluíram os bancários como categoria prioritária para a vacinação”, observou.

O documento ressalta que a “concentração de clientes e usuários nos ambientes internos e externos das agências bancárias tem crescido, com ênfase pela busca dos serviços por parte de pensionistas e aposentados da previdência social, que têm necessidade de apoio com atendimento presencial, daqueles que buscam os bancos para renegociações de dívidas ou para inscrição em programas de apoio às empresas e, majoritariamente aos mais de 67 milhões de beneficiados pelo recebimento das parcelas do Auxílio Emergencial.”

Aumento de mortes

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus.

No primeiro trimestre de 2020 o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.

A situação é semelhante em relação aos empregados na segurança privada nos bancos, com destaque aos envolvidos no transporte de valores em veículos blindados, também os trabalhadores das redes de farmácias que aplicam os testes rápidos de Covid-19, os servidores de cemitérios, os servidores da limpeza urbana, dentre outras categorias.

Leia a íntegra do ofício entregue ao ministro e o relatório médico do Dr. Albucacis de Castro Pereira, explicando que a “característica física do ambiente de trabalho propicia a maior concentração do vírus e o evidente contágio e, devido aos necessários cuidados com a segurança, as agências bancárias são fechadas e não oferecem ventilação e nem circulação natural de ar.” E que “estudos científicos demonstram que um indivíduo adulto, em atividade laboral leve, com jornada de 8 horas, inspira e, portanto, exala, cerca de 4.400 litros de ar (147 inspirações/minuto, 600/700 ml por inspiração x 60 minutos x 8h) com variações de acordo com o esforço físico. Nestas condições, independentemente da fala, tosse ou espirro, a emissão de aerossóis se propaga em suspensão por horas no ambiente, aumentando drasticamente as possibilidades de contágio.”

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